quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Cinco Minutos

"Como uma roda, que sempre, sempre roda”.

O coração dispara. É amor. Sim, amor. Em cinco minutos, ama-se alguém. Em cinco minutos, dá-se a vida por alguém. Nada mais importa. Trava-se por completo. O coração chama, grita. Os olhos seguem. O corpo pára. É agora, vai ser agora. Agora é um instante interminável, onde todos existem e vivem em uma dimensão paralela. Nada existe, tudo acontece. Em cinco minutos, vive-se uma vida, um beijo, uma viagem de ácido. Maior que a espera, maior que o agora. Maior que a vida e o próprio amor. É onde os corpos sincronizam uma dança nunca antes ensaiada, onde as almas se completam totalmente, sem falhas ou buracos. Mas acaba. A dança termina, lá se foi o amor. Mas não se ressente. A roda sempre gira para o lado certo.