quarta-feira, 9 de julho de 2008

O rato, o gato e o cachorro.

O queijo tava lá. Em cima da mesa. Grande, amarelo, bem amarelo. Tava lá. Parecia chamá-lo. Não tinha olhos, mas chamava. Olhou para um lado, para outro, mas não dava mesmo, o queijo estava lá. Em cima da mesa. Lá em cima. As cadeiras, todas para dentro. Nenhum pano, nenhuma vassoura. Só o queijo.
Do outro lado da cozinha vinha ele, grande e branco, bem branco com listras negras. Com o pêlo cuidadosamente penteado para a direita, a coleira verde de brilhantes e aquela cara de esnobe que só os gatos brancos têm. Vinha ele em direção a cozinha. Andava como anda uma majestade. Uma chata e fresca majestade. Ele vai ver. Vai ver o queijo e vai entender. Pois é, viu o queijo e entendeu. Mas antes que pudesse soltar um miado, apareceu o mais temido, mais abençoado, o mais bonito. Apareceu o Cachorro.
E não era um cachorro qualquer. Ele era grande, preto e ainda mais majestoso que o gato. E naquela briga de gato e cachorro, o pobre do rato não ia ficar no meio para ver quem é que ia ganhar. Saltou de onde estava e deixou que eles se atacassem, e que morressem. Não tinha pedido ajuda de ninguém. O gato foi se meter porque era fofoqueiro e o cachorro porque era encrenqueiro. Se a lei do mais esperto realmente reina, era a hora de ter certeza.

Chegando na entrada do seu buraco na parede, o rato lembrou o motivo de ter ido lá. Mas a esta altura do campeonato, não queria nem mais saber do queijo.


[Peço perdão pelos erros de português. É, realmente eu não sei escrever direito.]

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