sábado, 9 de maio de 2009

Confiança

Sem conversas, elas são desnecessárias esta noite. Abraça-me, me puxa, dança comigo. Não precisa me convencer que eu já estou convencida. Não precisa pensar em errar, pois eu já errei por nós dois. E tampouco precisa negar, é comum acontecer isto comigo. Eu sei que você gostou de mim. E eu sei que sou irresponsável e imatura, mas eu não me importo. Eu não gosto da culpa que pessoas responsáveis provam. Eu não gosto do amargo da vida que pessoas adultas sentem. Eu gosto da brincadeira sem graça, do riso idiota. Eu gosto de machucar, de mentir, enganar. Eu gosto de fingir dançar com você. E fingir eu faço muito bem. Eu gostei de você, e é por isso que eu te faço acreditar que você tem as rédeas do jogo, quando foi eu quem te deu todas as cartas na mão. Eu controlo a situação, controlo o ambiente. Porque eu gosto do controle, e gosto de fingir dançar com você.

Um comentário:

  1. a dança é o maior fingimento de todos.
    porque dançar é fingir saber dançar também. e fingir gostar, se interessar. dar-se ao outro na dança é dar-se ao outro na vida. e isso é passivel a fingimento também.

    muito bom!

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