segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ódio.

Esse meu ódio é o veneno que eu tomo querendo que o outro morra.

Eu explodia por dentro, perdia o controle. Perdia o meu controle e já não podia mais responder por mim. O vinho que me esquentava era o mesmo que me encorajava. Só aquela presença asquerosa já me irritava.

Ali era o meu quintal, o meu lugar. Que fiquem estabelecidos os limites, é melhor assim. Eu tenho um exército forte e uma mente insana, completamente insana. Não tenho mais sangue escorrendo pelo meu rosto, tampouco pelas minhas mãos, mas também tenho minhas armas. Não faço mídia da minha carne, nem da dor imposta a ela. Eu fico calada, porque assim eu ganho mais. Se for a guerra o procurado, então que guerreado seja. Meus medos são ilegíveis, eles ficam todos em casa. Eu me fecho, ergo a minha muralha, e então eu estou pronta para qualquer coisa.

A bebida barata subia a cabeça, fazia efeito além do esperado, deixando o ambiente turvo, confuso. O meu objetivo bem a minha frente, como se nada acontecesse. Sem escândalo, eu começava a cavar nosso buraco, nossa derrota paralela. Eu já não jogo mais com a falsidade, mas a surpresa é sempre decisiva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga aí (: