Quanto se paga pela tiro errado? Quanto se paga pelo tudo e pelo nada? Quanto ainda se paga?
Não é nada do que parece, não é nada do que eu quero. Eu fujo, eu corro, eu me escondo. Mas por algum motivo besta, sempre volta para mim. Eu quero sair desse beco escuro, mas a luz me cega. Eu quero seguir em frente, mas a correnteza me afunda. Eu só quero a normalidade aparente, mas parece pedir muito de repente. Eu não quero demais, eu só não quero a mesma sucessão de erros outrora desaparecidos. Outrora, erros tão aparentes agora, que ainda me acham em qualquer buraco ou quebra de porta, e já não fazem mais parte só de mim. Então o desejo é compartilhado, após longas investidas na madrugada. Então eu faço-me falada, explícita. Eu faço a coisa certa, não erro, não caio pelas frestas. Não me arrependo, não me machuco. Ando com as coisas no trilho, e morro por dentro. Nada disso importa. Cruelmente, normalidade aparente.
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