sexta-feira, 6 de março de 2009

Começo

Vivemos, morremos, nascemos. Acompanhamos nosso tempo, de tempos em tempos, após o cruel jogo de jogos em que nos coloquei. Nós vivemos, e vivemos, no nosso infinito fechado, que há de acabar, e que não nos prepara para o que virá. Não temos substância, nós somos de vidro. Eu te abraço, eu caio, eu morro, eu choro. Eu vivo em teus braços pelo prazer cálido da lua. Eu vivo em teu seio porque me faz assim. Acompanhamos os ciclos, meus e dela, teus e meus. Me recuso a dizer o que quer que seja dito, e me recuso a deixar morrer o que quer que esteja morto. Me recuso a crer que há de acabar, porque me dá vida toda noite. Em teus sonhos fantasiosos, não hei de morrer, não hei de sofrer, não há como acabar.

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