Abaixo, o trem passava rápido sob a estalagem. Fechava de ponta a ponta os trilhos, por cima. Um corredor ligava os quartos mais caros, situados na frente, com vista para a rua, dos quartos mais baratos, com vista para o mato e banheiro coletivo. Em um destes, se encontrava deitada a personagem feminina principal. Uma garota morena, de seios fartos e ancas grandes. O sorriso brilhante se fechava de leve por trás de uma fina camada de lábios, que lhe desenhavam bem o rosto delicado. O cabelo liso repousava do centro da cama até a ponta, e as pernas caídas para fora mal tocavam o chão. Ela sonhava. Sua boca de leve chamava um nome, por repetidas vezes, motivado pela inconsciência bela dos que dormem, e viajam para um outro lugar.
Algum tempo depois - algum tempo incerto, e que não importa realmente - aparece na porta o nome chamado, enrolado em uma toalha barata de algodão e usando chinelos molhados de borracha. O cabelo ainda está úmido do banho, e o peito e as costas, nus, apresentam alguma gotas, que carinhosamente passeiam pela pele masculina, definindo as linhas tênues, já tão bem definidas, que divide todas as suas regiões. A mão forte segura a maçaneta e ele vê, deitada na cama, a desgraça da sua vida. Ela usava ainda a calça jeans da viagem e a velha regata verde da manhã anterior. Seu corpo desenhava suas roupas, e até aquelas, desgastadas, conseguiam parecer bonitas. Mas era impossível para ele não imaginá-la sem elas. Por alguns minutos permanece na porta, de toalha, observando sua garota.
Ainda desnorteado, ele segue para a mala, ao lado da cama e se veste, uma camisa vermelha e uma bermuda preta. Fecha a mala e, desta vez, fica a observar a mala. É forte, dura, de cor vermelha. De carrinho, não é muito grande, com um bolso na frente e um espaço para documentos e pequenas coisas atrás. Era curioso como coubera, às pressas, as coisas de ambos naquela mala tão pequena. Ainda era curiosa que aquela tenha sido a disponível.
A mala não pertencia a ele, tampouco a ela. Não fora emprestada, pois quem cedeu tal não era o dono para o fazer. E quem o fez, não sabia o que fazia realmente. Fora doada a ele, com um propósito desimportante, e que enganaria poucos. Uma vez com a mala em mãos, foi só pegar algumas roupas dos dois e sair daquele lugar para sempre. Dentro desta, ao fundo, havia areia. Areia de um lugar mágico, especial, mas que por algum motivo ele só conhecia por fotos. E a areia ainda tinha o cheiro que ele deixara para trás, e que agora já não podia mais voltar.
Ele se virou e viu, ainda adormecida, sua princesa cristã.
No fundo, doeu-lhe a história inventada, e toda a dor deixada para trás. No fundo, doeu-lhe o sangue da sua Cinderela, e raiva arrebentou suas veias. O trem passou novamente, sacudindo a luz e o prédio. A garota acorda assustada.
- O que foi? - ela pergunta a ele, percebendo suas feições duras.
- Nada. - ele responde. Ele estalou um beijo nela e arrancou suas roupas, pela primeira vez. Ainda tinha raiva, mas isto não mudava nada.
Algum tempo depois - algum tempo incerto, e que não importa realmente - aparece na porta o nome chamado, enrolado em uma toalha barata de algodão e usando chinelos molhados de borracha. O cabelo ainda está úmido do banho, e o peito e as costas, nus, apresentam alguma gotas, que carinhosamente passeiam pela pele masculina, definindo as linhas tênues, já tão bem definidas, que divide todas as suas regiões. A mão forte segura a maçaneta e ele vê, deitada na cama, a desgraça da sua vida. Ela usava ainda a calça jeans da viagem e a velha regata verde da manhã anterior. Seu corpo desenhava suas roupas, e até aquelas, desgastadas, conseguiam parecer bonitas. Mas era impossível para ele não imaginá-la sem elas. Por alguns minutos permanece na porta, de toalha, observando sua garota.
Ainda desnorteado, ele segue para a mala, ao lado da cama e se veste, uma camisa vermelha e uma bermuda preta. Fecha a mala e, desta vez, fica a observar a mala. É forte, dura, de cor vermelha. De carrinho, não é muito grande, com um bolso na frente e um espaço para documentos e pequenas coisas atrás. Era curioso como coubera, às pressas, as coisas de ambos naquela mala tão pequena. Ainda era curiosa que aquela tenha sido a disponível.
A mala não pertencia a ele, tampouco a ela. Não fora emprestada, pois quem cedeu tal não era o dono para o fazer. E quem o fez, não sabia o que fazia realmente. Fora doada a ele, com um propósito desimportante, e que enganaria poucos. Uma vez com a mala em mãos, foi só pegar algumas roupas dos dois e sair daquele lugar para sempre. Dentro desta, ao fundo, havia areia. Areia de um lugar mágico, especial, mas que por algum motivo ele só conhecia por fotos. E a areia ainda tinha o cheiro que ele deixara para trás, e que agora já não podia mais voltar.
Ele se virou e viu, ainda adormecida, sua princesa cristã.
No fundo, doeu-lhe a história inventada, e toda a dor deixada para trás. No fundo, doeu-lhe o sangue da sua Cinderela, e raiva arrebentou suas veias. O trem passou novamente, sacudindo a luz e o prédio. A garota acorda assustada.
- O que foi? - ela pergunta a ele, percebendo suas feições duras.
- Nada. - ele responde. Ele estalou um beijo nela e arrancou suas roupas, pela primeira vez. Ainda tinha raiva, mas isto não mudava nada.
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