Eu sentei e fiz meu conto de fadas. A postura correta, a coluna ereta. As mãos correm hábeis pelo teclado, e eu já não sei mais escrever no papel.
A minha letra corriqueira estragou minha poesia. O meu papel amassou abaixo da carteira. As cortinas corriam lado a lado, fazendo barulho, e eu enlouquecia. O papel amassava, eu enlouquecia. A lua murmurava, eu enlouquecia. O barulho, barulho, cantava tanto lá fora, eu não sei porque eu não posso acompanhar. A minha meta já está pronta, eu só quero alguém para me libertar. A minha história já está pronta, e eu enlouquecia. É a fase, eu sei, porque agora eu fico assim. Mas alguém não acredita em mim. O canto dos pássaros, o trilho da cortina. O trilho da cortina, lado a lado. Corria, lado a lado. Eu gritava, ninguém ouvia. Eu gritava, enlouquecia. A coluna certa, a postura ereta. Corria, lado a lado. Eu precisava, enlouquecia. A poesia saía torta, eu já não sei mais aonde procurar. Não, eu não enlouquecia, pois agora já passou. Minhas mãos correm fortes pelo papel, aonde eu ainda procuro paz. A cortina voltou a correr. A cortina voltou a correr. Lado a lado, eu enlouquecia.
Lado a lado, eu enlouquecia.
Essa procura... todos acabam enlouquecendo.
ResponderExcluirThanks pela visita.
;)
Você realmente pegou o ritmo rapidinho. Esse texto está maravilhoso! De muito bom gosto mesmo!!!
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