Apesar de ser verdade, eu não poderia, sem dor, o admitir. Eu ainda via nas águas puras, nas palavras duras, a verdade que tão logo foi deixada para trás. Eu sei que em breve eu já não poderia mais transparecer, e este tempo começava a chegar. Tampouco eu sei que a minha memória é nada confiável, e tenho medo, profundos medos, das peças que ela pode me pregar. Tenho medo das pequenas partes, dos dias sem nuvens, pois me agrada a tormenta dos céus naquela vasta briga de formas. Pois me agrada, como, olhar o céu, bonito ou feio. Encontro a mim por ali, pois sei que nada me escapa ao céu, pois sei que ao todo tenho, e o tenho como para mim, sem divisões. Tudo já parece ser como é, e eu já sei do erro, mas não me assusta mais tanto. Mas já não importa tanto, pois eu tenho o céu. É um céu feio, sujo e com nuvens. Pesadas e grossas, nuvens escuras de chuva.
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